por: Thaís Herculano. 

A imagem é a foto do autor em preto e branco. Ele é negro de pele clara, e tem os cabelos cacheados e descoloridos de loiro. Ele tem a barba castanho escura e está olhando para a foto, sem sorrir, com as mãos colocadas sobre a testa. O autor veste uma camisa amarela.

Esse é o primeiro #CadêLGBTEntrevista. E vamos abrir os trabalhos com o Fabrício Fonseca. Será que a psicologia explica por que um jovem escritor pensa em aposentadoria? 

Fabrício Fonseca, segundo ele mesmo, é um acadêmico de psicologia e escritor em processo de aposentadoria. Mas enquanto ele se prepara para um “até breve”, ainda dá tempo de tentar entender essa decisão. 

CADÊ LGBT: Que história é essa de aposentadoria?

FABRÍCIO FONSECA: Basicamente eu percebi que estava andando em círculos, com minhas histórias, com as coisas que já conquistei. E a escrita não é a mesma pra mim, então é melhor parar agora do que insistir demais e entregar coisas que não serão tão boas quanto antes!

CADÊ LGBT: Então, sem novos projetos literários, por enquanto? (ou esse por enquanto pode ser longo?)

FABRÍCIO FONSECA: Eu brinco que é pra sempre, mas realmente não sei. Nesse momento eu quero fechar um ciclo, então depois que terminar o que já coloquei "pra rodar", não farei nada. Mas eu ainda tenho muitas ideias e não sei como reagirei a elas daqui uns 2 anos, por exemplo!

Eu sempre gostei de cuidar das pessoas, de tentar fazê-las se sentirem bem

 

CADÊ LGBT: Você sempre quis ser escritor?

FABRÍCIO FONSECA: Eu sempre quis ser artista, na verdade. Quando criança eu amava atuar em peças escolares, depois comecei a escrever poesias, desenhar e então me encontrei na escrita!

CADÊ LGBT: E onde entra a psicologia nessa história?

FABRÍCIO FONSECA: Então, eu sempre gostei de cuidar das pessoas, de tentar fazê-las se sentirem bem. Primeiro eu queria medicina, mas depois pesquisando a Psicologia eu me encontrei. A escrita conversa aqui porque pra ser um bom Psicólogo a pessoa precisa ser criativa!

CADÊ LGBT: São quantas histórias publicadas?

FABRÍCIO FONSECA: Nossa, sempre é uma dificuldade contar kkkk acho que hoje são umas 19, se contarmos os contos e o livro que estou terminando agora!

CADÊ LGBT: Elas têm algum traço marcante em comum?

FABRÍCIO FONSECA: Sim, vários na verdade. A amizade dos personagens, o humor, pequenos "mistérios" que são revelados apenas no fim das histórias. Coisas que parecem bem pequenas, mas que no conjunto fazem toda diferença!

Eu sou uma pessoa muito simples.

CADÊ LGBT: E quem nunca te leu, pode começar por onde?

FABRÍCIO FONSECA: Acho que pelos contos, são as melhores amostras das minhas histórias (exceto Os Intensos Pensamentos de Enrico Villalobos) e podem já dizer se a pessoa vai gostar ou não dá minha escrita!

CADÊ LGBT: O que você gosta de ler?

FABRÍCIO FONSECA: Nossa, nesse momento eu tô passando por uma crise, não sei o que me atrai mais. Porém antes dessa crise de leitura eu sempre amei histórias adolescentes sobre amizades ou romances fofinhos!

CADÊ LGBT: O que você pretende fazer depois de finalizar esse último projeto na escrita?

FABRÍCIO FONSECA: Descansar! Kkkkk

Mas falando sério, eu ainda preciso editar muitas histórias pra colocar na Amazon, então não sei o que vou fazer quando terminar tudo isso. Mas com toda certeza vai ser bem estranho!

CADÊ LGBT: Conta alguma coisa que as pessoas não sabem sobre você.

FABRÍCIO FONSECA: Tô pensando, mas não me vem nada, eu sou uma pessoa muito simples. Eu ia falar que sei cozinhar, mas sempre coloco isso nas biografias

CADÊ LGBT: Simplicidade é um traço muito interessante. Tipo, qual a sua comida preferida?

FABRÍCIO FONSECA: Macarrão com carne moída e frango frito.

CADÊ LGBT: E o que você cozinha melhor?

FABRÍCIO FONSECA: Macarrão e torta.

Agora fica o questionamento: quando o corona vai embora pro Fabs convidar a gente pra comer torta e macarrão?


OBS: A entrevista foi publicada em novembro de 2020.