Dando sequência à série #CadêLGBTEntrevista, conversamos com Amanda Condasi. 

Amanda é estudante de letras e apaixonada por livros desde criança. Como escritora, levou São Gonçalo, sua cidade do coração, para as páginas do livro “Vozes Negras”, com o conto “Na ponta dos sonhos”.

Nessa entrevista você vai encontrar fadas, projetos, BTS, Beyoncé e muito mais do mundo que inspira Amanda Condasi.

CADÊ LGBT: Dos mundos que você já criou na imaginação, seja lendo ou escrevendo, qual é o seu preferido?

AMANDA: Acho que o mundo das fadas que acabei criando em As listas de Lisa. Sei que deixei o livro meio de lado (perdão gente), porém foi a primeira vez que me aventurei melhor na fantasia. Até tenho um plot de fantasia que é meio uma rebelião contra uma rainha má, porém não desenvolvi.

Sempre que estou meio desconectada da história, pego e escuto as músicas que me lembram determinada personagem ou situação

CADÊ LGBT: Mas você pensa em voltar a trabalhar nessa história?

AMANDA: Provavelmente! Tenho sentido muita vontade de consumir e escrever fantasia. Demanda bastante tempo de pesquisa e estudo para não ter muitos furos na construção de um mundo ficcional, porém vou revisitar essa história, dar a minha cara atual e quem sabe não venha aí?

CADÊ LGBT: Seu processo criativo precisa de alguma coisa específica para fluir melhor?

AMANDA: Música! É uma terapia pra mim criar playlist e sempre que estou meio desconectada da história, pego e escuto as músicas que me lembram determinada personagem ou situação. Também gosto de ter referências visuais, nesse novo projeto que estou escrevendo, isso me ajuda muito.

CADÊ LGBT: O que você pode contar desse projeto?

AMANDA: É um romance sáfico entre duas meninas negras que aparentemente não se gostam de primeira, porém ao passar do tempo, elas percebem que têm muito mais em comum do que imaginam! Nesse livro quero abordar alguns temas que não falo tanto, então estou animada com a possibilidade.

A leitura e a educação são armas poderosas para lutar contra a opressão dos governantes.

CADÊ LGBT: Você é de São Gonçalo? Conta um pouco da sua história com essa cidade.

AMANDA: São Gonçalo não é a cidade que nasci, porém é de onde eu sou. É a minha raiz, é o meu lugar e eu demorei muito pra enxergar beleza nessas ruas e nesse povo. Por isso, decidi que na minha estreia no mercado editorial, deveria passar meu conto aqui. Melhor escolha que eu fiz!

CADÊ LGBT: Pra você, como a leitura e a educação podem mudar o mundo?

AMANDA: Como futura professora e escritora que sou, a leitura e a educação são armas poderosas para lutar contra a opressão dos governantes. O conhecimento é a única coisa que ninguém pode nos tirar, e com isso ficamos mais fortes. Principalmente pessoas pretas e de periferias.

CADÊ LGBT: Que  assunto você poderia passar horas falando sem ver o tempo passar?

AMANDA: BTS é o assunto que eu passo horas falando e nem vejo o tempo passar. Assim como o tópico Beyoncé e Harry Styles. Fora meus ídolos, perco muito tempo falando sobre Salvador também, é tipo uma caixa de pandora na minha vida esses assuntos!

CADÊ LGBT: Qual é o seu objetivo atualmente?

AMANDA: Terminar o projeto que estou escrevendo e focar em produção de conteúdo pra internet!